Diabetes mata 4 vezes mais do que Aids no Brasil, mostra balanço do Ministério da Saúde
 O diabetes foi responsável por mais de 470 mil mortes no Brasil entre 
2000 e 2010, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta 
terça-feira (13), véspera do Dia Mundial do Diabetes. O número saltou de
 35,2 mil pessoas para quase 55 mil pessoas entre esses dez anos, 
alavacando a taxa de mortalidade de 20,8 para 28,7 óbitos por 100 mil 
habitantes.
 O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o índice já 
preocupa, pois a doença crônica mata “quatro vezes mais do que a Aids” 
no país - e ainda supera o número de vítimas fatais do trânsito. Em 
2010, o país registrou cerca de 12 mil óbitos em decorrência do vírus 
HIV e mais de 42 mil mortos em acidentes de trânsito - no mesmo período,
 54,8 mil pessoas morreram de diabetes. 
 Segundo Padilha, a diferença seria ainda maior se fossem consideradas 
as doenças em que o diabetes age como fator de risco, como câncer e 
doenças cardiovasculares. Em 2010, o diabetes foi associado a outras 
68,5 mil mortes indiretas, totalizando 123 mil óbitos. 
 Principais vítimas
 As mulheres morreram mais do que os homens nesse período.  Em 2010, 
foram 30,8 mil óbitos de mulheres, contra 24 mil de homens; enquanto, em
 2000, morreram 20 mil mulheres e 14 mil homens. Segundo a Pesquisa de 
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico, comandada pela pasta em 2011, a prevalência de 
diabetes é de 5,6% da população adulta, afetando 6% das brasileiras e 
5,2% dos brasileiros.
 Já por faixa etária, a mais afetada é a acima dos 80 anos, com 15,7 mil
 falecimentos. O número de 2010 mais do que dobrou nos últimos dez anos:
 em 2000, foram 6,8 mil mortes de idosos diabéticos com mais de 80 
anos. Além disso, o estudo aponta que a maior concentração de óbitos 
pela doença está na população menos escolarizada. Foram 24 mil mortes de
 diabéticos que tiveram até três anos de escolaridade em 2010.
 O levantamento, porém, apontou estabilização no número de internações 
decorrentes do diabetes feitas nos primeiros semestres dos últimos três 
anos. Foram registradas, em média, 72 mil hospitalizações. Para o 
ministro, o fato se deve às ações desenvolvidas pela pasta, como 
oferecer medicamentos gratuitos. Desde o início da gratuidade, em 
fevereiro de 2011, mais de 4 milhões foram favorecidas. O acesso à 
medicação adequada fez o número de atendimentos saltar de 306 mil em 
janeiro de 2011 para 1,4 milhão em outubro de 2012. 
 Como age a doença
 O diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis 
de glicose no sangue. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue 
produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina 
produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células do corpo 
devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2),. Quando
 um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser 
absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose 
no sangue.
 A principal característica do diabetes é a hiperglicemia (elevação dos 
níveis de glicose no sangue), que pode se manifestar por sintomas como 
poliúria (excesso de urina), polidipsia (sede aumentada), perda de peso,
 polifagia (fome aumentada) e visão turva. Esses sinais e sintomas são 
mais evidentes no diabetes tipo 1. O diabetes tipo 2 em geral é mais 
“silencioso” e é mais comum na faixa etária dos adultos. 
FONTE:uol.com.br
 
 
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