Foto mostra R$ 70 mil em cofre dentro de apartamento de ex-auditor
Dinheiro estava em apartamento de Ronilson Bezerra em Santos.
Ele é um dos investigados por suspeita de fraude no ISS.
O Ministério Público de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (12) uma foto que mostra mais de R$ 70 mil dentro de um cofre apreendido em 30 de outubro no apartamento do ex-auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, um dos investigados pela fraude na cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS) na capital paulista, informou o Globo Notícia. O imóvel fica em Santos, no litoral paulista.
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A Controladoria Geral do Município e o Ministério Público investigam o grupo de servidores suspeito de fraudar o recolhimento do ISS. O imposto é calculado sobre o custo total da obra e é exigido como condição para que o empreendedor imobiliário obtenha o “Habite-se”.
O foco do desvio na arrecadação de tributos eram prédios residenciais e comerciais de alto padrão, com custo de construção superior a R$ 50 milhões. Toda a operação, segundo o MP, era comandada por servidores ligados à subsecretaria da Receita, da Secretaria de Finanças. O grupo pode ter desviado cerca de R$ 500 milhões da Prefeitura.
Ronilson é apontado como possível chefe do grupo que fraudava o ISS. Com dinheiro da propina, ele teria comprado pelo menos 11 apartamentos e escritórios em São Paulo, Minas e Rio, além de cabeças de gado para uma fazenda em Minas.
Suspeitos da fraude
Foram detidos durante a investigação o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronlison Bezerra Rodrigues (exonerado do cargo em 19 de dezembro de 2012), Eduardo Horle Barcellos, ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança (exonerado em 21 de janeiro de 2013), Carlos Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da Divisão de Cadastro de Imóveis (exonerado em 5 de fevereiro de 2013) e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso Magalhães. Todos foram liberados pela Justiça e respondem ao processo em liberdade.
Além desses quatro funcionários, são citados Fábio Camargo Remesso e o auditor fiscal Amilcar José Cançado Lemos. Apesar da suspeita de envolvimento, nenhum dos dois foi detido. Lemos foi afastado, e Remesso foi exonerado no início deste mês. Ele era assessor da Coordenação de Articulação Política e Social da Secretaria Municipal de Relações Governamentais.
Além do processo criminal, todos os investigados serão alvo de processo administrativo disciplinar. Uma comissão avalia se eles devem ser demitidos.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens dos quatro suspeitos detidos inicialmente. Já foram localizados uma pousada de luxo em Visconde de Mauá, em Resende (RJ), um apartamento de alto padrão em Juiz de Fora (MG), barcos e automóveis de luxo. Há ainda indícios de contas ilegais em Nova York e Miami, além de imóveis em Londres.
FONTE:G1.COM
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